PROGRAMAÇÃO COMPLETA
16º Festival
Estudantil de Teatro e Dança
2018
começa na próxima quarta-feira
Ainda que não tenha conseguido nenhum
tipo de incentivo financeiro do poder público ou da iniciativa privada, o
produtor Pedro Portugal vai realizar, a partir da próxima quarta-feira (dia 22
de agosto) e até o dia 02 de setembro, sempre no Teatro Apolo, o 16º Festival
Estudantil de Teatro e Dança (FETED), evento que há 16 anos ininterruptos vem
abrindo espaço para revelar talentos entre estudantes da rede pública e privada
de ensino, entre escolas, universidades, cursos livres e organizações
não-governamentais (já passaram pelo evento o Grupo Magiluth e a Trupe Ensaia
Aqui e Acolá, entre muitos outros coletivos ainda iniciantes). De caráter não
competitivo, mas com possibilidade de algum trabalho ser inserido na grade do
festival Janeiro de Grandes Espetáculos em 2019, a programação completa deste
ano reúne produções estudantis de cidades como Recife, Olinda, Petrolina,
Jaboatão dos Guararapes, Abreu e Lima e, pela primeira vez, São Paulo, com
ingresso a R$ 15,00 – preço único promocional – para cada espetáculo ou a
mostra de coreografias. Vale salientar que deste valor pago, R$ 9,00 é
direcionado ao próprio grupo participante, como um estímulo à produção do mesmo.
As homenagens desta vez vão para o jornalista e
pesquisador do teatro Leidson Ferraz e o coreógrafo, ator e bailarino Black
Escobar, que traz à capital pernambucana duas criações coreográficas do seu
grupo no Instituto Federal de São Paulo, o IFSP.com Teatro e Dança.
Um dos destaques da
programação, além do trabalho de estreia, o musical “O Despertar”, com 20
jovens atores e três músicos, alunos da IX Turma de Teatro da Cênicas Cia. de Repertório, sob direção de Antônio
Rodrigues, é a sessão de “Em um Sol Amarelo”, obra inédita no Brasil, do
argentino César Brié, com direção de Sandra Possani, fazendo paralelos entre um
terremoto na Bolívia e as tragédias no Brasil (e principalmente no Recife)
durante o período de chuvas, com elenco do Curso de Interpretação Para Teatro
do SESC Piedade; e o Mini Festival de Mini Criaturas Animadas, produção
da Universidade Federal de Pernambuco, com direção de Izabel Concessa, que vai
ocupar a rua do Apolo com sessões contínuas e gratuitas de várias peças curtas
no teatro de formas animadas. Reunindo
peças adultas, para a infância, de formas animadas para todas as idades e
coreografias nos mais variados estilos, o 16º Festival Estudantil
de Teatro e Dança conta com apoio do Centro de Formação das Artes Cênicas
Apolo-Hermilo e do SESC Piedade. Mais informações:
www.festivalestudantil.blogspot.com.br.
PROGRAMAÇÃO TEATRO
Dia 22 de agosto
(quarta-feira), às 19h
O
Despertar
(IX Turma de Teatro da
Cênicas Cia. de Repertório – Recife)
Texto:
adaptação de “O
Despertar da Primavera”, do alemão Frank Wedekind
Direção:
Antônio
Rodrigues
"O Despertar" é uma livre adaptação musical
do texto “O Despertar da Primavera”, do alemão Frank Wedekind e direção de
Antônio Rodrigues, com a IX Turma de Teatro da Cênicas Cia. de Repertório. São
20 atores, três músicos e mais de 50 figurinos em espetáculo musical com trilha
sonora executada ao vivo. Escrita em 1.890, a peça permanece atual, pois aborda
temas que até hoje estão presentes na adolescência: o florescer da sexualidade,
incesto, gravidez, bullying, aborto,
suicídio e a opressão, tanto no âmbito familiar como no escolar e religioso. É
um texto tão poderoso que foi convertido em musical na Broadway e teve
montagens realizadas no Brasil, conservando intacto seu fascínio e pertinência.
Se por um lado o texto traz uma atmosfera da época, por outro as músicas
contemporâneas reafirmaram a atualidade das questões essenciais trabalhadas por
Wedekind na sua obra e suas relações ainda profundas com os adolescentes de
hoje. As canções estão em sintonia com a narrativa, tornando-se dramaturgia,
trazendo a efervescência da juventude, contribuindo para minimizar um pouco o
dilacerante e claustrofóbico universo em que se debatem os personagens.
Dia 23 de agosto
(quinta-feira), às 19h
A Bandeira do
Soldado (Umbu-Ganzá
Centro de Cidadania – Recife)
Texto:
Jacimel
Direção:
Ubiratan Cavalcante
Narrativa
apresentada por duas personagens que trazem lembranças saudosas de entes
queridos que partiram, em meio a conflitos e tumultos no cemitério, onde
acontece uma greve de coveiros. É nesse contexto de encontros e conversas do
cotidiano, que surgem revelações que sufocam o imaginário social, dividindo uma
bandeira, que não é patriota, e sim, de uma subjetividade individual de quem
partiu e deixou mágoas eternas. Deixamos em aberto esse argumento temático a
ser debatido com o público. Construída a partir do olhar e dos sentimentos da
personagem, permite, em determinado domínio da linguagem, certas soluções
estéticas que podem ser consideradas não realistas, e que recaem por vezes
sobre a poesia visual, que estimula a discussão. E nesse texto desconexo da
autora, em meio a graves tumultos e aflições das perdas familiares, que nos
equilibramos para mergulharmos nas questões tão contundentes quanto atuais.
Absurdas são as relações sociais provocando agitações em meio a falas
fragmentadas diante do sentimento. Apresentamos uma linguagem simples que
possibilita aos atores extrair das palavras a sua expressão fora da palavra, de
desenvolvimento no espaço de ação, às vezes dissociada de imagens, porem
vibratória sobre a sensibilidade, que colocamos no jogo cênico com musicas e
audiovisual.
PROGRAMAÇÃO
DANÇA
Dia 24 de agosto
(sexta-feira), às 19h, com coreografias Diversas
Folclorear (Grupo Origens, da Academia Santa
Gertrudes – Olinda)
Criação e direção:
Gigi Albuquerque
A
Ponte
(Colégio Equipe – Recife)
Criação
e direção: Taynanda Carvalho e Viviane Lira
Caboclinhas (UFPE – Recife)
Direção: Arnaldo Siqueira
Estação da Luz em
Uma Viagem Alegórica
(IFSP.com Teatro e Dança – São Paulo)
Direção:
Black Escobar
A Dança do
Bumba-Meu Bumba e a Ressurreição (Grupo Artístico e
Cultural Boi Ta Ta Tá – Recife)
Coreografia: Sandra Lima
Direção artística: Sandra Lima
Direção geral: Erick Pinto
uMbiT (UFPE – Recife)
Direção:
Jonas Alves
Curumim Porã (Cia. de
Dança e Teatro Luardat – Recife)
Criação: Claudineide Rodrigues
Direção artística: Sandra Lima
Frevo é (Faceta
Cia. de Dança – Recife)
Criação
e direção: Conceição Silva
Vivências (UFPE – Recife)
Criação e direção: Victor Marinho
Para A
Dinian (UFPE – Recife)
Criação e direção: Dinian Calazans
A História se
Repete
(IFSP.com Teatro e Dança – São Paulo)
Criação
e direção: Black Escobar
PROGRAMAÇÃO
TEATRO (continuação)
Dia 25 de agosto
(sábado), às 16h
Que Família! (Grupo Teatral Nossa Juventude/GTNJ – Recife)
Texto:
Flávio Cavalcante
Direção:
Josenilson Alves de Lima
É uma estória adulta passada com uma família
inteiramente desajustada, cujo pai, o velho Holanda, demonstra ter muito dinheiro,
mas, mão de vaca igual a ele, não pode existir outro na face da terra. Os
principais filhos do velho Holanda, são: Séfora, que com seus cacoetes, está
precisando urgentemente de uma vaga no hospício. É ambiciosa e já quebrou
vários vidros de relógio de pulso com o queixo. Já Saulo da Brôa, marido dela,
é um beberrão contumaz.
Dia 25 de agosto
(sábado), às 20h
Ele, Artaud! em
Reperformance (Escola
Municipal de Arte João Pernambuco – Recife)
Texto:
Fred Nascimento, a partir de uma livre licença
poética dos escritos de Antonin Artaud
Direção:
Fred Nascimento
O
espetáculo performático “Ele, Artaud!”, é uma reperformance do mesmo espetáculo
do Grupo Totem (1996-2000), que está comemorando 30 anos de carreira em 2018.
Sua estrutura dramatúrgica foi montada a partir de uma colagem de textos do
próprio Artaud, tratando de temas como o teatro, a morte, o sonho, a vida, a
solidão, a prisão da alma, a loucura. Em cena, acontece uma sequência de
performances, sendo uma como foco e outras simultâneas, ligadas a cada novo
tema, e os corpos vão se transmutando naquele que propõe que o teatro seja um
instrumento revolucionário, uma ferramenta capaz de reorganizar da existência
humana. Sua cenografia consta de uma instalação altar/congá intercultural, no
qual, comidas, flores e vinho, atuam como elementos aproximadores entre
Dionísio e Artaud. Diversos atores e atrizes ora encarnarão Artaud ora
sacerdotes/sacerdotisas de um ritual pagão.
Dia 26 de
agosto (domingo), às 16h
Blecaute
(Colégio São
José – Abreu e Lima)
Texto:
Layon Figueiroa
Direção:
Anderson Pierre e Layon Figueirôa
Brucutu
é uma cidade pacata, até que um protesto pelo corte do panetone da cesta de
Natal causa o caos deixando todos sem energia elétrica. Agora, no escuro,
memórias de um tempo não muito distante, onde as “redes sociais” não se davam através
de laptops ou smartphones, começa a vir à tona.
Dia 26 de
agosto (domingo), às 20h
3x Plínio
Marcos
(SESC Petrolina – Petrolina)
Texto:
Plínio Marcos
Direção:
Thom Galiano
A poética provocante do dramaturgo
Plínio Marcos foi o motor desta pesquisa que mistura trechos das obras “Navalha
na Carne”, “Abajur Lilás” e “Dois Perdidos Numa Noite Suja”. O resultado é um
jogo cênico onde três atores se defrontam com uma variedade de personagens
levados ao extremo, revelando uma humanidade bem crua.
Dia 29 de agosto
(quarta-feira), às 19h
Em
um Sol Amarelo
(Curso de Interpretação Para Teatro do SESC Piedade –
Jaboatão dos Guararapes)
Texto:
Cesar Brié
Direção:
Sandra Possani
Um terremoto não é um instante. Num momento cai tudo,
perde-se tudo, mas o terremoto continua no dia seguinte com seus transtornos e
explorações (da imprensa, dos políticos, dos aproveitadores da gente sofrida).
Mas o que um terremoto na Bolívia tem a ver com as enchentes e desabamentos
causados pela chuva no Brasil? Quem são os culpados? O destino? O Governo? A natureza?
Ou a falta de sorte? Nesta tragicomédia dividida em dois momentos distintos,
verdades serão expostas. A obra, do escritor argentino César Brié, é inédita no
Brasil.
Dia 30 de agosto
(quinta-feira), às 19h
O Sol de Assis
(Grupo de Teatro
Anália Franco e Fraternidade Espírita Peixotinho – (Recife)
Texto:
Socorro Domingues
Direção:
Fátima Aguiar
A
montagem transita entre o drama, embates e ações reflexivas, próprias desse
espírito humilde, caritativo e iluminado que, ao descer à terra, recebeu o nome
de Giovanni di Pietro de Bernardone, depois conhecido como Francisco de Assis. Na
peça em si, inicialmente vemos Francisco em uma masmorra, como prisioneiro que
foi feito, defendendo Assis, na Batalha de Collestrada, contra a Perugia.
Liberto do seu cativeiro, regressa à casa paterna, enfermo e perturbado,
assaltado constantemente pelos sons de guerra que lhe atormentam a mente. Seu
comportamento mais e mais se afasta dos padrões condizentes com a época e por
mais que se esforce, não consegue corresponder
ás expectativas do pai, que o
queria à frente dos seus negócios. Para completar, uma voz inarticulada que
ecoa em sua mente o convoca a uma outra forma de vida. É, pois, atendendo-a,
que renuncia a tudo e todos tornando-se o mais pobre dos pobres. Sem nem mesmo
uma roupa que lhe cobrisse o corpo pequeno e frágil, parte sozinho para a
nobilitante ação a que fora destinado no planeta Terra. Pelo exemplo, inicia
sua trajetória de renúncia, pobreza, caridade e amor. Como resultado das suas
ações aos poucos vê surgir, nos que começam a segui-lo a Ordem dos
Franciscanos. Nasce, assim, São Francisco de Assis.
Dia 31 de agosto
(sexta-feira), às 19h
A Volta ao Mundo
em 80 Dias
(Academia
Santa Gertrudes – Olinda)
Texto:
Gabi Cabral, a partir de adaptação da obra de Júlio Verne
Direção:
Gabi Cabral
Nossa
história começa no Brasil, contaremos a vocês a jornada do excêntrico Josué,
cavalheiro que levava uma vida sem graça, rotineira e pontual, porém um dia,
foi desafiado a dar uma volta por todo o mundo em 80 dias. Partiu carregando
seu fiel mordomo, Alfredo. Neste universo totalmente desconhecido, o que será
que ele vai encontrar por lá? Será que Josué ganhará aposta?
Dia 01 de
setembro (sábado), às 16h
Hiato
(Universidade
Federal de Pernambuco – Recife)
Texto
e direção: Danilo Ribeiro dos Santos
É sobre o tempo,
sobre o silêncio, sobre papéis e canetas que tentam dizer algo. É sobre apagar
todas as luzes e ir para o quarto ouvir uma música. É sobre os nossos olhos e a
distância entre eles, é sobre o azul, é sobre eu e você. Em Hiato, o ator Danilo Ribeiro se divide em três personagens. Um
autor, a sua consciência e uma personagem de cabelos azuis. Na trama um autor é
perseguido por sua consciência, e enquanto escreve o autor vai dando vida a uma
personagem misteriosa de cabelos azuis.
Dia 01 de
setembro (sábado), às 20h
Holograma da
Saudade
(Fafire
– Recife)
Texto:
colagens de obras de Khalil Gibran, Nietzsche, Manoel Bandeira, Maria Eduarda e
Hugo Severo.
Direção:
Flávio Renovatto
Holograma de Saudade é uma pequena
récita, que no espaço poético da representação, pretende ligar os espaços,
preencher os vazios dos seres humanos. Com o auxílio da poesia, da música
e da dramaticidade que estão contidas deles. Elenco: Eduarda Rocha e Hugo
Severo
Dia 02 de
setembro (domingo), às 16h, na rua do Apolo, em sessões curtas e contínuas
Mini
Festival de Mini Criaturas Animadas (Universidade
Federal de Pernambuco – Recife)
Direção:
Izabel Concessa Arrais
Texto:
criação Coletiva
São
estas as cenas a apresentar:
1-
Na
lua de mel noivo assassina noiva. Espírito da noiva retorna e procura vingança.
2-
Moça
solitária na janela olha a vida passar. Palhaço sedutor lhe oferece uma flor,
uma estrela do céu, mas nada lhe desperta interesse. Uma banda passa pelas ruas
da cidade e a música tira a moça da letargia. Feliz, ela segue a banda.
3-
Uma
bola cai no jardim de uma casa-gaiola. Uma
criança pula o muro para buscar a
bola e vê outra criança brincando sozinha na casa-gaiola. A bola é devolvida
pelas grades. A criança “presa” percebe, então, que ela também pode sair para
fora da sua prisão.
4-
Um
açucareiro se apaixona por um bule de chá. O casamento não agrada ao pai da
noiva, mas ele, enfim, concorda. Da união nasce um saleiro. Como lidar com uma
criança diferente da família?
5-
Num
cabaré uma mão se transforma numa dançarina sedutora.
6-
No
fundo mar peixes e estrelas do mar passam em casais ou em famílias. Só uma
água-viva permanece solitária. Até que ela descobre sua cara-metade.
7-
Um
balão no céu de Recife viaja em direção ao interior do estado. Um homem o
persegue. Passam por muitas cidades. No final da viagem ele encontra sua amada.
8-
Um
duende se apaixona pela lua. Vai vê-la todas as noites e suspira. Até que um
dia ela desce na forma de uma linda mulher.
9-
Duas
formigas se apaixonam e se encontram fora do formigueiro todas as noites. Até
que um dia uma delas some.
10- Piolhos moram em
cabeças. O que será que acontece nessas cabeças-edifícios?
11- Um nativo se
apaixona por uma criatura da água. Os habitantes descobrem a criatura e a
capturam. O nativo a salva. Mas ela não resiste.
Dia 02 de
setembro (domingo), às 16h
Era uma vez na
Terra Encantada
(Individual Model – Recife)
Texto
e direção: Sílvio Romero
Comédia
infanto-juvenil que retrata a vida cotidiana das princesas encantadas que estão
perdidas na floresta enquanto crianças que querem ser escritoras no futuro. As
princesinhas ficam surpresas ao saber que existe uma porção mágica na floresta
para se tornarem adultas. Sendo assim resolvem procurar a mesma. Lá, encontram João e a Maria, deixados
por seus pais, nascendo assim uma grande amizade.
Dia 02 de
setembro (domingo), às 20h
Epifanias do
Corpo
(Escola Municipal de Arte João Pernambuco – Recife)
Texto:
criação coletiva
Direção:
Eduardo Bringuel e Patrícia Barreto
O corpo tem sua própria percepção e intuição. Tem
reflexos e movimentações independentes da consciência. E em Epifanias do Corpo,
ele ganha a liberdade da criação. Se torna o guia que expressa uma
mensagem simbólica e conversa com o inconsciente, o primitivo. Essa montagem
cênica é o resultado de uma construção coletiva das/dos estudantes do
Curso Profissional em Teatro, da Escola Municipal de Arte João Pernambuco, a
partir da obra de Clarice Lispector.
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